Sem dúvida alguma um filme intrigante. Repleto de metáforas de difícil compreensão, Luis Buñuel expõe as mazelas da sociedade aristocrática de uma maneira inquietante. Buñuel nos convida a participar de um jantar onde o prato principal é natureza humana. Independente da casta social que ocupam, nas situações limite as pessoas se revelam. Animais ocupam as cenas numa clara analogia comportamental. Aqui os instintos selvagens são colocados à prova.
O filme explora a contextualização política, sempre atual no sistema capitalista e aborda a psique humana, levando-nos do desespero ao alívio por não estarmos naquela casa. Entretanto, ele faz você se perguntar o tempo todo se você está do lado de dentro ou do lado de fora. Fica explícito o bloqueio social das camadas superiores – quem está fora não consegue entrar e quem está dentro não consegue sair.
Ao final, não consegui deixar de pensar no nosso saudoso poeta Cazuza e lembrei-me do seu desabafo: a burguesia fede.
Nossa tinha comentado sobe a burguesia fede, quando li o teto da Priscila, não tem mesmo como não lembrar. Hehe. Mas felizmente nosso grande poeta Falcão chamou a atenção para o real fato que apensar de feder, ela contorna o problema por ter dinheiro para compra perfume. +P
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